“Tinder do Xilindró”: Detentos de Tremembé Encontram Amor à Distância!
A nova série "Tremembé" do Prime Video tem despertado a curiosidade sobre os relacionamentos dentro da penitenciária paulista. Ulisses Campbell, jornalista e autor de livros sobre crimes famosos, trouxe à tona como os detentos estão se aventurando no amor, mesmo atrás das grades.
Cartas e Paquera: O Amor das Celas
Stephen Campbell revelou que os presos do complexo, que abriga unidades masculinas e femininas a poucos quilômetros de distância, criaram um método intrigante para flertar: trocas de cartas. “Eles namoram bastante por correspondência”, explicou ele.
O processo é curioso. Um detento, após ouvir de visitantes que uma mulher no outro bloco está solteira, manda uma carta se apresentando e anexando uma foto, como se fosse um perfil de aplicativo de namoro.
O Papel da Censura
Mas nem tudo é tão simples! As cartas passam por uma triagem rigorosa. Funcionárias da penitenciária leem tudo antes de entregar ao destinatário. Se rolar alguma linguagem inapropriada ou imagens comprometedoras, o material é bloqueado ou censurado. “Se a foto for um nude, é barrada! Palavrões? Risca-se com caneta”, contou Campbell.
Se a mulher responde, a troca de cartas se intensifica. Os detentos afirmam que estão “namorando por carta”. Mas, assim como nos apps de namoro, nem sempre há interesse mútuo. Se não receberem resposta, os presos partem para outro alvo.
Histórias de Amor e Decepção
Campbell ficou sabendo dessa prática quando pesquisava para um de seus livros. Ele conheceu um ex-detento que estava preso nesse jogo de amor epistolar e até recebeu provas da relação. O homem contou um episódio triste ao se reencontrar com sua namorada, que não correspondeu às expectativas.
“É o correio elegante que virou o Tinder deles”, resumiu o jornalista. E assim, mesmo com entregas que levam semanas, o "Tinder do Xilindró" continua fazendo sucesso entre os detentos de Tremembé!




