Fábrica no Paraná explode: polícia descarta crime, aponta falhas!

Tragédia na Fábrica: Inquérito Conclui que Explosão Não Teve Crime Intencional

A Polícia Civil do Paraná finalizou hoje a investigação sobre a explosão na fábrica de explosivos Enaex Brasil, que resultou na morte de nove funcionários em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, em agosto. O inquérito revelou que não houve intenção criminosa ou negligência no acidente.

As autoridades descobriram falhas na gestão de riscos da empresa, que podem ter contribuído para a tragédia. A delegada responsável destacou a análise de relatórios da empresa, laudos periciais e até mensagens corporativas que foram filtradas.

Além disso, denúncias feitas por funcionários em uma plataforma interna e relatórios de incidentes anteriores também foram investigados. Os dados apontaram que a unidade 44, onde ocorreu a explosão, estava operando com equipamentos antigos e em péssimas condições, resultando em um problema no controle térmico da mistura explosiva.

A Enaex expressou profundo pesar pelo ocorrido, agradecendo a todos que ajudaram nos resgates e nas investigações. A empresa também reconheceu os esforços finais para esclarecer as causas do acidente.

O Que Causou a Explosão?

Um laudo da Polícia Científica revelou que a explosão teve início dentro do Edifício 44, durante a produção de um impulsionador de explosivo. As análises indicaram que a causa mais provável do desastre foi o atrito de equipamentos com uma mistura explosiva parcialmente solidificada devido ao frio da manhã.

Com isso, o inquérito não encontrou responsabilidades penais para os funcionários, e a Enaex não poderá ser processada criminalmente, mas pode enfrentar investigações nas áreas trabalhista e cível.

Detalhes do Acidente

A explosão aconteceu por volta das 6h15. Dados do Corpo de Bombeiros mostraram que 11 pessoas estavam no local no momento da explosão, e duas conseguiram escapar a tempo. A detonação, considerada acidental, mobilizou 10 viaturas e 50 agentes no local.

Equipes da Polícia Militar e da Defesa Civil também estiveram por lá para garantir a segurança da área e ajudar as famílias próximas. O secretário de Segurança Pública do Paraná acompanhou as operações e informou que três pessoas que estavam a 200 metros do local sofreram ferimentos leves. Hoje, o que restou da explosão é uma cratera profunda no chão, sem estruturas remanescentes.

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