"Novo Chefe do Coaf Pede Reestruturação para Combater o Crime!"
O delegado da Polícia Federal, Ricardo Saadi, indicado para comandar o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), defendeu nesta quarta-feira (25) a criação de um plano de carreira para o órgão e a contratação de servidores próprios. Atualmente, menos de 100 funcionários, em sua maioria cedidos, estão trabalhando lá.
“Precisamos de analistas fixos no Coaf que estejam comprometidos a longo prazo. Isso vai garantir um trabalho mais consistente e menos rotatividade”, destacou Saadi durante um evento sobre crime organizado.
Ele acrescentou que, com melhores estruturas, o Coaf poderá oferecer dados mais precisos para a polícia e o Ministério Público. No ano passado, o órgão recebeu impressionantes 7,5 milhões de informações sobre atividades financeiras suspeitas.
"Reformulação Urgente!"
Comparando o Coaf a outras unidades de inteligência financeira pelo mundo, Saadi revelou que a maioria possui dezenas ou até centenas de funcionários e um plano de carreira bem definido. Por exemplo, o FinCEN, dos EUA, conta com cerca de 300 trabalhadores. Enquanto isso, a unidade francesa tem 230 e a britânica, 150, apesar de suas populações menores.
"Experiência de Peso"
O Coaf, ligado ao Banco Central, vê na experiência de Saadi uma grande vantagem. Ele já foi conselheiro do órgão e atualmente dirige investigações contra crime organizado e corrupção na PF. Colegas acreditam que sua liderança pode fortalecer a luta contra grupos criminosos, principalmente no combate à lavagem de dinheiro, que vem ganhando força por meio do sistema financeiro.
A expectativa do governo é que sua atuação traga uma estratégia essencial diante do uso crescente das finanças por organizações do crime.
