Juros nas Nuvens! Banco Central Sem Pressa para Cortar
O Copom, pessoal do Banco Central, não está correndo para fazer novos cortes nos juros. Na verdade, o recado é claro: a Selic se mantém em 15% ao ano e essa situação deve perdurar por bastante tempo. É o que a ata mais recente do BC deixou no ar.
A economista Fernanda Guardado, que já trabalhou no BC e agora é a cabeça pensante do BNP Paribas, expressou sua visão sobre a situação. Ela fez uma observação importante: vários comentaristas estavam falando de cortes ainda este ano, mas o BC deixou entender que está ok com os 15%.
Melhoras na inflação, especialmente com o real se valorizando frente ao dólar, são animadoras, mas Guardado avisa: ainda temos pressões nos preços.
Com o câmbio caindo de R$ 6,10 para R$ 5,30, a inflação API projetada foi ajustada de 5,60% para 4,80%. Porém, os serviços, que costumam ser mais afetados pelas mudanças econômicas, ainda não estão em boa fase.
Ela ainda destacou que, mesmo com algumas melhorias, o cenário fiscal continua sendo um grande ponto de atenção. O fiscal desarranjado do Brasil é um dos maiores problemas que o país enfrenta e afeta diretamente as decisões do BC.
Inflação e Crescimento: O Que Esperar?
Fernanda explica que o Banco Central está focado em manter a inflação sob controle e avalia que um ajuste fiscal é essencial, considerando o nível de endividamento do país. A meta seria um superávit de 2,5% a 3% do PIB para dar conta da dívida.
Surpreendentemente, notícia de que 2026 será ano de eleição pode deixar tudo ainda mais instável. As decisões políticas e os anúncios sobre a política fiscal a partir de 2027 serão cruciais para como o Brasil enfrentará o próximo ano.
Em suma, 2026 promete ser um ano complicado. A expectativa é de crescimento moderado, por volta de 1,6%, e uma inflação mais sob controle, mas tudo depende das jogadas políticas e fiscais que virão. É ficar de olho!